Na manhã desta quarta-feira, 12 de março de 2025, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), participou de um evento na capital federal onde destacou a importância da responsabilidade fiscal diante do atual cenário de alta inflacionária.
Motta enfatizou que não é possível promover uma “política de evolução social” com “taxas descontroladas”, ressaltando a necessidade de uma gestão econômica prudente para assegurar a estabilidade e o bem-estar da população.
Contexto Econômico Atual
O Brasil enfrenta um período de pressão inflacionária significativa. Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no país, registrou um aumento de 1,31% em fevereiro, a maior alta para o mês desde 2003. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses atingiu 5,06%, superando o teto da meta estabelecida pelo Banco Central.
Entre os fatores que contribuíram para essa elevação estão o reajuste das mensalidades escolares e o fim do alívio nas contas de energia elétrica. Esses componentes exerceram pressão adicional sobre o orçamento das famílias, afetando o poder de compra e aumentando a preocupação com a escalada dos preços.
Responsabilidade Fiscal como Pilar de Estabilidade
Em seu discurso, Hugo Motta ressaltou que a responsabilidade fiscal é fundamental para garantir a estabilidade econômica e social. Ele argumentou que políticas públicas eficazes e sustentáveis dependem de uma gestão fiscal equilibrada, capaz de controlar a inflação e assegurar o crescimento econômico.
“Não há democracia com caos social, e não há estabilidade social com caos econômico”, afirmou Motta, destacando que a estabilidade econômica é resultado de medidas de responsabilidade fiscal.
O presidente da Câmara enfatizou que medidas superficiais não são suficientes para enfrentar a alta dos preços e que é necessário um compromisso sério com a redução de gastos públicos e a eficiência nas despesas governamentais. “O povo brasileiro não quer discórdia, quer emprego”, declarou Motta, ressaltando que a população deseja soluções concretas e não disputas políticas.
Impacto da Inflação nas Políticas Sociais
A inflação elevada tem um impacto direto nas políticas sociais, especialmente aquelas voltadas para as camadas mais vulneráveis da população. A perda do poder de compra corrói os benefícios sociais e dificulta a implementação de programas de assistência. Nesse contexto, Hugo Motta alertou que a falta de controle inflacionário compromete a eficácia das políticas de evolução social, tornando imprescindível a adoção de medidas fiscais responsáveis.
Ele destacou que a alta nos preços dos alimentos, por exemplo, não será resolvida com “paliativos”, mas com o governo federal demonstrando mais responsabilidade com as despesas e corte de gastos
Medidas Propostas para o Controle Fiscal
Para enfrentar os desafios econômicos atuais, Hugo Motta defendeu a implementação de uma agenda de redução de gastos e responsabilidade com as despesas públicas. Ele sugeriu a criação de uma plataforma digital integrada entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário para acompanhar em tempo real as despesas de todos os órgãos, promovendo transparência total.
Além disso, Motta enfatizou a necessidade de buscar maior eficiência na área econômica, priorizando uma gestão fiscal que assegure a estabilidade e o crescimento sustentável. Ele ressaltou que é preciso agir com responsabilidade fiscal para baixar os preços dos alimentos e garantir o bem-estar da população.
Conclusão
O pronunciamento de Hugo Motta reforça a importância da responsabilidade fiscal como instrumento essencial para o controle da inflação e a promoção de políticas sociais eficazes. Em um cenário de pressões inflacionárias, a adoção de medidas fiscais prudentes e a gestão eficiente dos recursos públicos são fundamentais para assegurar a estabilidade econômica e o bem-estar da população brasileira.
A postura do presidente da Câmara destaca a necessidade de um compromisso coletivo com a responsabilidade fiscal, visando a construção de um ambiente econômico estável e propício ao desenvolvimento social.